terça-feira, abril 10, 2007

Eu vivo pela próxima dose.
Nunca é suficiente o que tenho em mãos
todos os movimentos são calculados em busca da próxima
o espaço entre elas me dá agonia, uma ânsia
a vida perde o brilho
o brilho dos olhos é a melhor sensação
o arrepio na espinha
se eu fico em casa sozinha não saio da cama até o anoitecer
é quando começa
o suor frio empapa minha roupas, arranco-as de súbito e me olho no espelho, vejo olheiras profundas e um leve tremor nos lábios, abro o chuveiro no máximo, sento no box e fecho os olhos só escutando o som da água corrente
Preciso sair, preciso de ar
Preciso de mais uma dose, mas ninguém pode saber, eles não entendem sabe? não conseguem enxergar, não funciona do mesmo jeito, então não podem saber
sempre alguém descobre e sempre me causa problemas

Um comentário:

desativado. disse...
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