sexta-feira, novembro 30, 2007

acordei numa urgência hoje
vai ser um dia difícil
como são todos em que meu coração acorda palpitando com pressa
anônimos, já que eu não os conheço, assinem com seus nomes, o que acham?
ou usem um pseudônimo, sei lá o 1 pode ser o alfredo e o dois o godofredo.
ou Froley. o um pode ser o Froley e o dois pode ser Bazouka.
pronto.
:D
ou vocês podem simplesmente se apresentar.
Quando ressoaram os primeiros acordes meu coração se acelerou todinho dentro do peito como quem quer voar.
Quanta beleza saía daquelas cordas esticadinhas, os dois homens no palco, meros desconhecidos, atrevidos tocavam meu coração como se fosse ele próprio seu violão. Eu quis ter voz, eu quis ter letra eu quis cantar, como quem entoa um amor escondido na alma, meu peito arfante devorava cada nota como água fresca.
Os homens no palco não esboçavam sorriso, eram sóbrios, sagrados cavaleiros deslizando os dedos pelos instrumentos, armas contra a vontade, armas contra a dor. Tocavam com os olhos fechados, com a segurança de quem jamais fez outra coisa na vida, senão derreter corações em Sol, lá, si e dó.
A melodia fala baixinho ao meu coração " te alegra" ... é como se o amor renascesse dentro de mim e a vida toda se iluminasse exageradamente, não há dor durante o bailar das cordas, minha mente busca as palavras, e estas coçam na minha boca mas não emito som algum, todo o meu corpo formiga e eu relaxo, não há urgência no mundo que me desperte da melodia doce. a vida flui, a música me nutre.
''A vontade jamais pode ser satisfeita, posto que se ela fosse satisfeita deixaria de ser vontade; então, a cada satisfação se reproduz a necessidade, a cada desejo satisfeito um outro desejo surge, e assim infinitamente, nesse círculo infernal da vontade''.
Schopenhauer

Alguma dúvida de porque eu quero estudar ele?

Projeto de férias, quando eu as tiver : ler "O mundo como vontade e representação" e fichar ele todinho.
Faer um tour pelo comércio natalino da cidade em busca de enfeites [na verdade, acompanhando meus pais] me fez perceber que eu não estou no espírito do natal, da harmonia e do amor.
Nesse mesmo dia ano passado, o alto da minha estante já tava cheio de presente embrulhados e guardados e eu tava era fazendo as contas pra comprar mais, tava pensando em Ceia, enfeite e canto pra viajar.... mas sei lá. eu já não sou uma grande fã do Natal, nem frequentadora assídua da igreja, (meu assunto com Deus é extremamente pessoal, creio nele e não nos homens), natal pra mim é festa, presente e gente querida, talvez justamente por isso eu não esteja no clima, a grana anda curta, e eu tô sem saco de festinha e bla bla bla.
Não tô miserável. Nossa, nem de longe, apesar das toneladas de trabalhos e desentendimentos que eles acarretam, eu considero minha fase atual bem legal, to numa de conhecer, reciclar e renovar, os modos, as amizades, os carinhos. E tô gostando do que to vendo a minha volta, especialmente das pessoas. #)
Mas tô realmente de saco cheio de perguntarem" vai fazer o que de Natal? e de Ano novo?"
Por mim botava o final do ano em "fast foward" até 1 de Fevereiro, curtia o Carnaval e aí começava 2008.
E antes que perguntem, devo passar o Natal em casa e o Reveillon eu não sei ainda, mas com certeza vai ser na cidade, já que dia 27 aportam por aqui Tio, Tia, Vó e primos cariocas [o que, considero de fato uma evolução] apesar da minha vontade de ir pra guará.
Aliás, quem for pra guará, deveria me dar um toque, pra eu aparecer por lá dia 1.
:D

quinta-feira, novembro 29, 2007

e toda vez que eu ligo pra ela dizendo "ele é diferente" eu tô ensaiando, to preparando o terreno, to quase dizendo aquelas coisas que passam na minha cabeça de madrugada e que eu nunca divido com ninguém, nem com o computador
e toda vez que alguém me diz "já ouvi isso, eles sempre são" eu engulo quase que de imediato tudo que eu tava tentando dizer, sem entrar nos pormenores, nos porquês, nunca disse em voz alta o que penso nessas madrugadas lancinantes. Não por falta de desejo, mas por orgulho, por ego, por defesa, não quero pagar de sonhadora, não quero ter que retirar tudo que disse nem amargar lágrimas metálicas, tenho uma imagem a zelar, tenho uma parede branquinha e sólida pra cuidar.
mas que eu sonho, sonho. que eu penso, penso.
e como.

"this precious illusions in my head did not let me down when i was defenseless, and partying with them is like partying with invisible best friends"

terça-feira, novembro 27, 2007

eu tenho um comentador anônimo.
E eu nem havia notado.
digo, notar eu notei, mas como se responde um comentador anônimo?
E ele não diz besteiras, ele só ... comenta.
por favor identifique-se. eu mordo, mas só se permitem.
É maldade deixar comentário anônimo pra mim, OI? Te dou um dado, eu sou curiosa pra caralho.

E eu gosto de responder todos os comentários.

segunda-feira, novembro 26, 2007

muito trabalho durante a semana
e no fds eu tento compensar isso ...
sobra pouco ou nenhum tempo pro blog.

não sei se isso é bom ou ruim.
tenho mantido certo silêncio, prefiro falar das cores e dos sons da vida do que dos tons da dor.
acho mais saudável.
coisas boas andam acontecendo, mas me parece que pra cada uma delas, há uma coisinha chata,
imagino que deva ser o equilíbrio.
sei que eu estou tentando manter o meu.
andar por minhas próprias pernas e traçar novos planos.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Porque a gente tem dias assim heim?
em que o ar parece que falta
em que todas as mensagens só fazem estourar a conta do telefone, mas não suprem [nem de longe] e vontade [necessidade] de certo abraço
dias em que eu me perco ouvindo as mesmas músicas
em que reviro minhas caixas de cartas, até meu quarto se encher do cheiro de papel e carinho
dias em que eu espalho as fotos antigas pela casa, só pra ter certeza de que tudo não foi um sonho
porque heim?
Saudade é um troço esquisito
ela nunca vai embora, parece que fica acomodada,
entocada, só esperando um dia com menos sol, com mais vento
um dia mais cinza
aí ela levanta
parece que se estica
e te morde os calcanhares .

terça-feira, novembro 20, 2007

minha situação de trabalhadora escrava não me permite postar :(

segunda-feira, novembro 19, 2007

o feriado veio, bombou e passou.
eu me diverti horrores e a maldita pilha de trabalhos continuou intocada.
ainda tenho um texto de campina, e uns rascunhos de ontem de madrugada, quando der coragem postarei.
:D
minha intuição nunca me enganou.

eu medi palavra por palavra a ser dita, pesei tudo que ouvi e então surgiram perguntas na minha cabeça.
quis saber de datas, assuntos e companhias
Mas quando eu estava quase te alcançando, sentindo já o gosto da dúvida, parei.
estanquei no meio do caminho, fiz as perguntas a mim mesma, pensei minhas respostas
a troco de que eu faria isso? pra que querer saber do que passou e não foi? pra que querer botar os pés pelas mãos ? saber sobre o que ainda há de ser?
Deus me deu pouca paciência, pouca prudência
mas me deu racionalidade pra isso, pra saber quem eu sou, o que posso e o quanto.
Eu jamais fiz uma pergunta cuja resposta eu não quisesse saber de verdade
pensei naquela noite, naquelas noites, no que eu vi, fiz e senti
e descobri que não quero saber.

Se aqui estou, é porque aqui quero estar
se hoje assim sou é porque assim quero ser
e ao meu lado penso/desejo/espero ter alguém que pense/esteja/seja quando onde e quem quer. apenas.

terça-feira, novembro 13, 2007

E na saída tinha alguém com teu perfume, passou do meu lado e me desconcentrou, foi como um beliscão. Teu cheiro que eu gosto tanto, teu. Cheiro de menino que eu gosto, me bateu uma saudade nos calcanhares, uma vontade de correr pra casa e falar contigo, uma saudade dum sorriso, dum beijo teu.
ai se eu pego esse ladrão, roubou teu cheiro e meu sossego.
O vento frio gela minha nuca, escondido por dentro da jaqueta Mike Ness canta Charmed life, as batidas da música dão o tom dos meus passos, largos e ritmados. olho em volta atenta, alguém comenta sobre o perigo do lugar, apertamos o passo, somos três pessoas distintas partilhando um caminho, traçando uma linha reta por entre o tráfego, à margem da lagoa. A cidade tem aos meus olhos um brilho todo especial, caminhamos em silêncio, a meia luz, banhados na prata da lua e no laranja das lâmpadas de mercúrio, ao nosso redor há todo um movimento próprio da metrópole, as pessoas e os carros se movem no bater surdo de um coração de cimento. Me percebo estranha nessa selva desconhecida, não faço parte disso, já eles, ao meu lado parecem se encaixar perfeitamente. Tiro da bolsa meu bloco, assim no meio da rua, atravesso o sinal no embalo deles, como se fosse invisivel à sombra, dobramos numa esquina mais escura, o caminho fica mais estreito, com menos postes meus companheiros de viagem se tornam duas sombras alaranjadas. Forço uma caligrafia mais legível, observo melhor, me deixo ficar dois passos pra trás, o vento empurra a sia dela pros lados e a blusa dele tremula de leve, faltam agora apenas algumas ruas até a Universidade, já não sinto mais frio, a caminhada aqueceu minhas canelas e as palavras lavram meus pensamentos, o bloquinho está recheado com uma letra garranchuda e impressões românticas

segunda-feira, novembro 12, 2007

voltei de campina grande com alguns textos novos
mas tô meio sem tempo de posta-los.

e tô dodói :~

domingo, novembro 04, 2007

Conhecer uma pessoa, é saber o que esperar dela.
Se conhecer é saber suas reações, frente aos acontecimentos diários e extraordinários.
É estranha a sensação de conhecer melhor os outros do que a si mesmo especialmente quando a pessoa em questão é uma pessoa que a gente considera "igualzinho" a gente.
Ainda bem que sempre tem o amanhã e o depois, saca?
Ainda bem que todo dia a gente aprende, sobre si e sobre os outros.

e eu guardo todas as lições do dia-a-dia aqui comigo, sem tirar o sorriso do rosto.

"Da luta não me retiro
Me atiro do alto e que me atirem no peito
Da luta não me retiro...
Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras, das besteiras e das besteiras que fizemos "
não quero mais esse negócio de você, viver sem mim.