segunda-feira, março 31, 2008

tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu, a gente estancou de repente ou foi o mundo então que correu
a gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas ei que chega roda viva e carrega o destino pra lá
roda mundo, roda gigante
roda moinho, roda pião
o tempo rodou num instante, nas rodas do meu coração.



de memória sem correção, trecho de roda-viva- chico buarque.

domingo, março 30, 2008

tem dias em que o silêncio se apodera de mim, e por mais que na minha cabeça eu tente fazer as palavras fluírem, minha boca não se mexe, minha respiração não se altera
tem dias que o silêncio me toma a vida.

sábado, março 29, 2008

Segue na íntegra abaixo, e-mail que acabei de enviar pra nokia.
eu aposto um pipper com cada leitor (*som de grilos) que eles não vão me responder.
Ainda bem que existe a central telefônica, né ?

Meu celular tem 6 meses de uso, dos quais dois ele passou na assistencia, um mes da primeira vez e agora da segunda, após mais de um mes ele ainda não me foi devolvido. Eu liguei pra assistencia eles disseram que ele está na Nokia em São paulo e que eles não tem mais nada a ver com isso, que eu ligasse pra nokia e resolvesse com eles, no caso, vocês. Bem, eu liguei, uma vez por semana durante um mes só ouvindo que antes dos 30 dias de prazo ele me seria devolvido, acabou o prazo e ele não foi, continua com a a nokia, em São Paulo. Liguei pra central e informei exatamente isso que estou dizendo agora e ela reconheceu que o prazo acabou, porém não fez nada mais do que me abrir um protocolo de reclamação ( numero: 259 042 440). Bom, um protocolo de reclamação e dizer que vão me ligar não traz meu celular de volta, meu celular NOVO de volta, meu presente de aniversário que eu queria tanto que adiei minha carteira de motorista pra adquirir. meu celular que eu já me ARREPENDI DE TER COMPRADO DA NOKIA. é uma situação muito chata, já que eu não quebrei ele, ele veio quebrado. é desagradável, e é inaceitável. além é claro, de ser ilegal. Segundo o código de defesa do consumidor eu tenho direito a ter o meu celular de volta, ou outro do mesmo modelo e da mesma cor sem custo adicional nenhum, ou ainda a restituição do valor da nota fiscal. Pois bem,eu não quero dinheiro, eu quero o meu celular de volta ou um novo, do mesmo modelo e da mesma cor [nokia 5200 vermelho e branco] antes que se passe mais um mes vou acionar um advogado.

Atenciosamente,
flora bezerra da rocha fragoso.





coisa chata né :/

terça-feira, março 18, 2008

Ela abusa das vírgulas porque não suporta pontos finais.
a freqüente sensação de observação se tornou apenas silêncio, a mente ocupada não criava sombras, não sustentava fantasmas.
Na escuridão quase que total tateava o caminho com aflição, temia com os pés descalços estalar uma barata desavisada. Sentia-se ela intrusa de seu lar,aliás, lar delas, a noite é das baratas.
-das baratas e dos miseráveis- murmurou,sem se poupar um esgar de irônia.Escancarou os armários, tateou garrafa e copo,"sem baratas eu espero"(eram quase que uma idéia fixa, suas colegas de quarto) sentou-se na varanda, encaixando as pernas nuas na grade deixou-as pender como uma criança que não alcança o chão. No décimo primeiro andar venta muito e é sempre difícil acender um cigarro, mas o que são esses detalhes pra quem tem a madrugada inteira?
Então, o que virá depois? ela está com a cabeça apoiada nas grades que separam suas pernas, pernas que pendem ao vento, vento que gela suas bochechas e apaga seus fósforos. Claro. fósforos. Qual a fumante inveterada que usa fósforos ? Não, corrija isso, vento que baila coma chama do isqueiro, isqueiro que é importante para nossa heroína. heroína. uma garota de madrugada, debruçada entre as grades de sua varanda bebendo uma vodka barata com um cigarro apagado não é exatamente a cheerleader que vai salvar o mundo, ainda mais uma que anda descalça e tem uma coisa com baratas.

quarta-feira, março 12, 2008

ele se atrasou, chegou vestido de preto, óculos escuros e os cabelos soltos.
Era uma bela visão sob o Sol, as oito da manhã, todo de preto, destoante da multidão.
eram a sua volta atarantadas formigas sem rumo, e ele um rei, um leão, o chefe do bando.
Ai se fosse permitido. Ela seguiria esse menino impetuoso até o fim do mundo.

terça-feira, março 11, 2008

melancolia -ludov e cecília - chico.

terça-feira, março 04, 2008

voltar é sempre difícil. O mundo não para de rodar quando partimos, as pessoas que amamos não param de viver e logo nos sentimos substituídos. Voltar é imensamente mais doloroso do que partir. o que dizer de quem não esperou? o que fazer com as feridas mal curadas? quando partimos não precisamos pensar em nada, só vamos.
Voltar implica tirar a casca, bulir o pus, deixar escorrer o sangue. e depois? pra onde se vai quando se volta?
Não se volta ao que era antes. o antes não mais existe, ninguém volta ao que acabou, voltar é recomeçar e recomeçar requer estômago forte e paciência.
Hoje ela quis ir embora de novo, mas nada mudou, ela não mudou.Ela teima em não crescer. Olho pra ela e sinto raiva.nunca cumpre o que me promete,é fraca e indisciplinada.
Todas as noites ela custa a dormir, todas as manhãs ela não quer acordar, não quer trabalhar, só quer se esconder. ela quer liberdade sem custos, sem lutas. parece que não entende que enquanto não mudar não vai crescer. o mundo não a quer. Não tem espaço nele para gente fraca como ela.
Há sempre uma escolha, um momento.
você pode não querer pensar sobre isso, pode chamar de destino ou coincidência, mas essas coisas não existem. você pode fazer isto ou aquilo, pode gostar ou não, pode ir e pode ficar, mas não pode se abster da responsabilidade. você não tem o direito de não enfrentar as conseqüências.
vi o sol nascer da tua janela e fugi antes que iluminasse totalmente o quarto. perdi-me ali mesmo, entre os lençóis da tua cama, nos teus braços, na tua barba, abandonei-me sem lágrimas ou juras, só pelo brilho do teu sorriso, julguei me forte, quis fingir que não doía... voltei depois, outra vez e mais outra,até perder as contas,perder a cabeça, menti aos outros, guardei-te em mim, de cheiro, de gosto de corpo.
Mas fui eu, só eu.
e só eu fiquei.
Quando foi que me tornei esse ser que me encara no espelho?
Pareço tão frágil, apegável, tão pouco.
De onde veio essa máscara?
E pra onde vai essa pessoa?
Por debaixo dessa pele eu anseio pela poeira, pelas luzes embaçadas
Eu que sempre penso que estou a um passo da loucura, do sufoco, não me reconheço em roupas de viagem
Onde foi que larguei minhas raízes? Como foi que as perdi?
Não há mais caminho que me leve pra casa, não há mais casa , todos os lados me apetecem, quanto mais longe, mais desconhecido, mais livre.
Se você pudesse ir a qualquer lugar do mundo, sozinho, para onde iria?

Me fiz essa pergunta ontem a noite, e hoje ainda não tenho uma resposta.
O mundo é vasto, especialmente quando se caminha só.
Mas a condição de ser só é justamente o toque de mestre. Qualquer lugar ao preço do amor, nem colo, nem boca nem ouvido querido ou conhecido a milhas de distância.
É justamente aí que repousa a minha traição. Quando foi que todas aquelas aprtes do meu coração se tornaram menos excitante, menos interessantes que um quarto de hotel vazio? Quando foi que a saudade esmaeceu? Quando? Como foi? Meu apreço genuíno, meu amor, minha amiga, minha irmã. todos traídos e pelo que?
Desde o primeiro beijo eu sabia que você ia partir, mas eu queria te esperar, queria ser teu abraço, teu pouso, teu colo, mas eu era parte do que tinha que ficar pra trás, do que tinha que virar memória. então corri, me adiantei e te fiz esquecimento. Onde eu era corpo quente te fiz ausência, onde eu era carinho, te fiz hostilidade, onde eu era desejo te fiz repulsa. me livrei de ti, dispensei dublês e substitutos. fiz de mim a estrela e só me fui. se alguém tinha de partir, que fosse eu então.
Todo fim faz-me clarear
Talvez paz, não mais te esperar
Sei que errei, por muito tempo eu te dei
Toda luz...

Todo sim fez-me adorador
Sempre atrás de um beijo,
Um sorriso, um olhar eu estive
Sei que não dá pra ter de volta
O que eu te dei

Toda luz...
Muita luz pra alguém
Que nem queria ficar, mas nem sair...

Bem atrás da casa havia uma
Linda flor, você nem viu...

Todo não, fez-me desvaler
Ir de encontro ao pior de você não
Era justo não
Sei que errei, por muito tempo
Eu te dei

Tanta luz...
Muita luz pra alguém
Que nem queria ficar, mas nem sair...

Bem do lado interior do coração,
Ainda mora um forte afeto por você...
Bem atrás da casa havia uma
Linda flor, você nem viu...

segunda-feira, março 03, 2008

And I heard that whistle call my name
And I almost drove away
But Megan I had a feeling that you would be on that train
So I just waited there for you

I heard somebody call my name
I almost climbed the stairs
But Megan I had a feeling that someday you'd meet me there
So I just waited there for you

And somebody came and took my hand
And I finally had to go
But Megan I just want you to know
That I waited as long as I could




Oh megan, você não pode querer agora, que eu torne todas as minha satenções a você, de novo, né?